"Um dia no Parque" texto da autoria da Inês e do Diogo (9º ano) - texto vencedor do 3.º escalão
Concurso Uma imagem, Uma História - mês de março
O sol já se punha, naquela tarde em Roma, onde já se sentia uma brisa. Viam-se os passarinhos a voltarem para os ninhos, as luzes acendiam-se, enquanto a lua aparecia e Adolfo corria, eufórico e inquieto, por aquelas ruas, agora tão vazias, na esperança de encontrar a livraria aberta.
Até que… um passarinho azul, aparentemente frágil, lhe chamou a atenção pela sua particularidade. E, por um momento, toda aquela agitação desapareceu.
Focado apenas na sua singularidade, não hesitou em segui-lo até onde o pássaro o levasse, mas de tanta fixação não se deu conta que já tinha chegado a um jardim que desconhecia.
Quando reparou, o pássaro já tinha pousado nas mãos de um homem cujas roupas eram visivelmente gastas e rasgadas, um rosto sujo e carregado de angústia, sentado num dos bancos daquele jardim, que se encontrava a alimentá-los com o pouco que lhe restava nas suas mãos igualmente sujas.
Adolfo, comovido com toda aquela situação, ofereceu-se para o ajudar, levando-o a renovar algumas das suas roupas e comprar alguns mantimentos para os próximos dias se, evidentemente, o homem aceitasse.
Com grande dificuldade em encontrar uma loja aberta àquela hora, teve a sorte de achar um mercado do outro lado do passeio e não hesitou em apressar o seu passo antes que a porta se fechasse. Atravessou a passadeira daquela rua tão desocupada, com o homem ainda ao seu lado, em direção ao tal mercado. O homem, inteiramente agradecido, deu-lhe um abraço de gratidão. Depois de tudo isto, apenas desapareceu naquela noite, em Roma.